
No Orçamento Democrático Estadual do ano passado a região de Itabaiana elegeu a cultura entre as suas três prioridades. Um recado aos que fazem cultura no Estado. A Paraíba não é só litoral. Uma sinalização do que bate e pulsa nos corações e mentes da região. Além das prioridades básicas de qualquer ser humano, de qualquer comunidade, eles gritam: “a gente não quer só comida!” Este foi o recado da produção cultural de uma região de forte vocação criativa. Em Pedras de Fogo, por exemplo, o Maracatu Rural nos mostra que as fronteiras geográficas não são as mesmas fronteiras culturais. Os Caboclos de Lança também estão na Paraíba, como leões de fronteira
Nesse contexto – e num prédio antigo que já abrigou uma das escolas em que José Lins do Rego estudou – existe um coletivo de pessoas cuja humanidade brilha no olhar. Um espaço onde crianças e adolescentes são acolhidos com amor e com arte. O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar é um abraço fraterno e uma mão estendida conduzindo o futuro. Um elo de cidadania e arte que acende as esperanças dos que sabem a força de cada passo, de cada gesto. Certamente que as dificuldades são muitas. Não é fácil produzir cultura em lugar nenhum do mundo. No Nordeste não é diferente. Mas, aliar esta produção com cidadania é um desafio ainda maior. E é assim que caminha o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Buscando a construção de políticas públicas transformadoras e apontando alternativas para melhorar as cidades, o estado, o país e o mundo.
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