
As prisões foram fruto de uma operação entre MPPB e Polícia Civil e aconteceram no apartamento dos dois em João Pessoa e no hospital. O pai, que é medico, mantém dois contratos com a prefeitura de Pilar, um para prestar serviço em unidade de saúde da família e outro como plantonista no Hospital Maria do Carmo Carneiro Borges, mas era o filho dele quem efetivamente prestava os serviços contratados. Segundo as investigações, o rapaz formou-se em medicina na Universidad Tecnica Privada Cosmos, na Bolívia, mas não conseguiu revalidar o diploma no Brasil, tendo tirado nota zero no exame de revalidação, nem possui registro no Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB).
O MPPB ainda informou que a investigação durou quatro meses e se iniciou com uma denúncia anônima feita no disque-denúncia da Polícia Civil. Foi possível constatar que o filho do médico utilizava-se da identidade do pai, com a permissão dele, assinando prescrições de medicamentos, requisições de exames e prontuários. Em Pilar, o filho identificava-se com o nome pai, inclusive utilizando o carimbo dele, que contém o número do registro no CRM-PB.
Segundo o promotor de Justiça substituto de Pilar, Romualdo Tadeu Araújo, o objetivo da operação foi coletar provas e aprofundar a investigação na apuração de possíveis participações de terceiros no esquema fraudulento, fato que caracterizaria o crime de associação criminosa.
Ainda segundo o promotor, a operação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba e logo após serem ouvidos, os dois presos foram encaminhados ao 5º Batalhão da Polícia Militar, em João Pessoa.
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