
Na carta, as amantes falam sobre suas aventuras amorosas com sacerdotes da Igreja Católica e relatam o sofrimento de viver o amor proibido. Elas pedem uma reunião com papa Francisco para discutir a proposta do fim ao celibato sacerdotal. A carta foi publicada pelo site Vatican Insider, do jornal italiano La Stampa.
"Sabe-se muito pouco do sofrimento devastador a que uma mulher que se apaixona fortemente por um padre está submetida. Queremos, com humildade, por a seus pés nosso sofrimento para que algo possa ser mudado (...) para o bem de toda a Igreja", diz outro trecho da carta. "Amamos esses homens [sacerdotes], eles nos amam e, na maioria dos casos, com toda vontade possível", afirmam elas. O grupo argumenta que diante do celibato sacerdotal, restam aos padres duas opções: abandonar o sacerdócio ou viver um amor secreto. "É uma escolha dolorosa".
Para essas mulheres, se o celibato sacerdotal fosse opcional, os padres passariam a servir à Igreja Católica com uma paixão ainda maior e deixariam a vida de clandestinidade, "com a frustração de um amor incompleto”.
No início do cristianismo, o celibato clerical não era obrigatório. Foi institucionalizado durante a Idade Média, justificado principalmente por uma questão econômica – não interessava à Igreja ver suas riquezas repartidas como herança aos filhos dos padres; e também social, a fim de que os sacerdotes se dedicassem total e exclusivamente à Igreja.
Em suas poucas manifestações públicas sobre a polêmica, papa Francisco costuma mostrar-se favorável à manutenção do celibato. "Apesar dos prós e contras, os frutos [da manutenção do celibato] são mais positivos que negativos", disse no livro Sobre o céu e a terra, escrito por ele e pelo rabino Abraham Skorka.
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