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R$ 14 MILHÕES - Famílias atingidas pela barragem de Acauã terão novas moradias na Paraíba
Escrito por: Gil Costa em Acao on quinta-feira, 15 de maio de 2025 | 09:46:00
O Ministério Público Federal (MPF) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participaram, nesta segunda-feira (13), de reuniões na sede do MPF em João Pessoa (PB), com o objetivo de discutir e consolidar avanços nas obras e na infraestrutura da Agrovila Águas de Acauã. O projeto prevê a entrega de moradias com acesso a água, energia renovável e saneamento moderno para 100 famílias deslocadas em decorrência da construção da barragem de Acauã.
Além dos integrantes do MAB, participaram das discussões representantes da Companhia Estadual Habitação Popular da Paraíba (Cehap), Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) e da Gerência Operacional de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH/PB).
As casas da nova agrovila, que está sendo construída pela Cehap em Itatuba (PB), contarão com placas solares para geração de energia, cisternas para captação de água da chuva e um sistema de saneamento rural de ponta. Toda a água utilizada nas residências passará por um sistema de tratamento chamado Sara, que transforma o esgoto doméstico em água tratada, própria para uso na agricultura — uma tecnologia sustentável desenvolvida especialmente para áreas rurais e semiáridas.
A Empaer também já realizou a busca ativa das famílias que foram deslocadas com a construção da barragem e que demonstraram interesse em viver e produzir na nova comunidade. O próximo passo será a seleção das 100 famílias que ocuparão as casas, com resultado previsto para publicação no Diário Oficial do Estado nos próximos dias.
Além da moradia e infraestrutura, as reuniões discutiram o fortalecimento da produção agrícola da agrovila, com investimento de R$ 14 milhões em projetos de desenvolvimento rural, abastecimento de água, energia e saneamento. Também foram tratados encaminhamentos para atualização de projetos hídricos em outras comunidades atingidas, como Melancia, Água Paba e Morro do Macaco, além da perfuração de poços artesianos.
Segundo o coordenador do MAB na Paraíba, Osvaldo Bernardo — também atingido pela barragem de Acauã —, desde 2022, as famílias deslocadas vêm cultivando as terras onde está sendo construída a agrovila Águas de Acauã. O primeiro roçado agroecológico foi plantado em 2022 e, no ano seguinte, ocorreu a primeira colheita de algodão agroecológico. Em 2024, os agricultores realizaram a segunda colheita, totalizando mais de 12 toneladas do produto.
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