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Dor e orgulho’, diz filha de Manoel Mattos após dez anos do assassinato do pai

Escrito por: Gil Costa em Acao on terça-feira, 29 de janeiro de 2019 | 09:53:00

Após dez anos da morte do advogado e ativista dos direitos humanos, Manoel Mattos, a filha do integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, Manoela Mattos, fala em dor e saudade. No entanto, com a opção de seguir a mesma carreira do pai, não deixou apagar o “legado” deixado por Manoel. “Transformei toda aquela dor e sofrimento em muito orgulho, em uma lembrança e saudade que nunca vai acabar”, declarou.

O advogado Manoel Mattos foi morto a tiros de espingarda calibre 12 quando estava em uma casa de praia, em Pitimbu, na Paraíba, em 24 de janeiro de 2009. O crime teve repercussão internacional porque Mattos, além de integrar a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, ele atuava, principalmente, contra grupos de extermínio, com a participação de policiais militares, na divisa entre Paraíba e Pernambuco, região conhecida como “Fronteira do Medo”.

O julgamento de Manoel de Mattos foi federalizado em 2010, por se tratar do caso de uma grave violação dos direitos humanos. Além disso, o julgamento foi transferido para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

A conclusão do julgamento aconteceu em 2015, quando Flávio Inácio Pereira, sargento reformado, foi condenado a 26 anos de prisão, acusado de ser um dos mandantes do crime. José da Silva Martins, apontado pelo Ministério Público como executor do crime, foi condenado a 25 anos.

Na mesma ocasião, três pessoas foram absolvidas. Estão soltos José Nilson Borges, suspeito de emprestar a arma, e Sérgio Paulo da Silva, suspeito de acompanhar o executor no dia do assassinato. Cláudio Roberto Borges, suspeito de ser o segundo mandante do crime, também foi absolvido, mas foi morto em 2017 quando dois homens passaram em uma moto atirando e um dos disparos o atingiu. O Ministério Público chegou a pedir a anulação do julgamento, mas o pedido foi negado pela Justiça Federal em 2017.

A mãe de Manoel Mattos, Nair Ávila, não esquece do que o filho poderia ter vivido caso estivesse vivo. “São dez anos de muita dor, muito sofrimento, da ausência do meu filho, pois ele não tem participado de tantas coisas boas que aconteceram na nossa família, na família que ele deixou. A justiça não foi feita, porque os dois que atiraram pegaram muito pouco tempo. E os mandantes e financiadores estão soltos. Para mim não foi feito justiça.”, lamentou.

Com G1



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