O velório de Guilherme Marinho, que estava desaparecido desde fevereiro desse ano, aconteceu na noite desta sexta-feira (27), na casa que o menino morava, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa. O clima era de total comoção no local. O caixão do garoto estava lacrado, por conta do avançado estado de decomposição do corpo. Uma camiseta do Flamengo, que Guilherme gostava de vestir, e uma foto dele foram colocadas sobre o caixão. Valdenice Marinho, mãe do menino falou sobre o sentimento de angústia e dor "Estou arrasada porque isso não era para ter acontecido com o meu filho.
Quem fez isso foi um monstro. Ele era uma criança cheia de sonhos, cheia de alegria, uma pessoa amada. Essa pessoa acabou com a nossa vida, acabou com a nossa família. Eu praticamente não tenho vontade mais de viver, tanto faz como tanto fez, acabou minha vida", disse em meio às lágrimas. Ela revelou ainda que o velório deve seguir até as 9h deste sábado e depois seguir para a cidade de Itabaiana para o sepultamento.
"O sepultamento do corpo de Guilherme ocorreu aqui em Itabaiana porque o pai dele é daqui Ele será enterrado no Cemitério de Itabaiana", disse a mãe.
O caso Guilherme.
Guilherme Marinho desapareceu enquanto brincava na rua de casa em fevereiro deste ano, em João Pessoa. No último dia 15 de junho, uma ossada de uma criança foi encontrada em uma mata no bairro de Gramame, na capital. Com isso, o IPC da Paraíba ficou de realizar a perícia para saber se os ossos, de fato, corresponderiam aos de Guilherme, o que ficou comprovado na última quinta-feira (26).
Suspeita de vingança. Polícia Civil conclui que garoto foi morto com pancada na cabeça e investiga motivos...
Depois de confirmar que o menino Guilherme foi mesmo vítima de um assassinato, a Polícia Civil agora concentra os esforços no sentido de identificar os autores do crime. Com várias linhas de investigação, a Delegacia de Homicídios está analisando possíveis suspeitos, mas ainda não revelou nomes ou quantos são. Os restos mortais do garoto foram identificados esta semana, com o exame de DNA feito em uma ossada, encontrada no mês passado, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa.
Segundo o delegado Marcos Paulo Vilella, superintendente da PC em João Pessoa, entre as linhas de investigação que estão sendo analisadas pela PC está um crime por vingança contra o pai de Guilherme, que está preso por tráfico de drogas e teria rompido com a organização criminosa da comunidade Maria de Nazaré, no bairro do Grotão, onde morava e se mudado para a comunidade Taipa, no Costa e Silva, dominado por uma facção rival. Outra linha de investigação é que alguém conhecido da família tenha atraído o menino para o matagal e cometido o assassinato, por motivos ainda a serem esclarecidos, já que ele sumiu sem chamar atenção de ninguém da rua. Uma terceira hipótese investigada é de algum pedófilo tenha raptado garoto, praticado violência sexual e o matado em seguida para não ser delatado.
Por ter sido encontrada apenas a ossada da vítima, não será possível a perícia afirmar tecnicamente se houve violência sexual, segundo o delegado, mas a possibilidade não está afastada. De forma violenta. Mesmo sem a divulgação do laudo oficial, a PC confirmou ontem que Guilherme morreu de forma violenta (assassinado) e afastou a possibilidade de ele ter se perdido dentro da mata e ter morrido por causas naturais.
A confirmação se deu pela existência de um afundamento de crânio, presente na ossada encontrada. Diante disso, dois delegados extras foram designados para ajudar na investigação da Delegacia de Homicídios, para conseguir no menor tempo possível chegar aos assassinos. “Nós tínhamos pressa e saber se foi homicídio ou morte natural e adiantamos essa questão, mas o laudo pericial ainda poderá revelar se houveram lesões em outras partes do corpo, sugestivas de um espancamento, além do golpe fatal na cabeça”, acrescentou o delegado. j
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