O deputado estadual Frei Anastácio está solicitando providências da Sudema, Ministério Público e Prefeitura de Mogeiro para resolver a situação das famílias que vivem do mercado de carne no matadouro da cidade. "São cem pequenos produtores de animais, marchantes e outros comerciantes, que estão ameaçados de terem suas atividades transferidas para a cidade de Itambé/PE", disse o deputado.
O parlamentar já enviou ofícios solicitando uma audiência entre trabalhadores e os órgãos públicos para encontrar saídas e evitar que as famílias sejam prejudicadas, além da população que poderá ficar sem carne. "Representantes das famílias estiveram em nosso gabinete na Assembleia, já fomos à Sudema e esperamos que essa audiência aconteça mais breve possível", disse.
Frei Anastácio relata que são 17 marchantes e 100 pequenos produtores de animais de corte, além de outros comerciantes, que dependem do abatedouro. "O grupo ocupa 25 boxes, pagando uma taxa de 18 reais à prefeitura, semanalmente, o que deixa claro a viabilidade da categoria em contribuir com o município. O Problema é que a prefeitura estaria atendendo determinação da Sudema para impedir o abate no matadouro", explicou.
O parlamentar disse que o grupo de marchantes afirma que só usa o espaço apenas um dia da semana e deixa tudo limpo. "Devido a falta de legalização, o problema estaria gerando multa para a prefeitura, por parte da Sudema. As multas já estariam em torno de R$12 mil. Diante disso, há saídas para não prejudicar as famílias", argumentou.
Prejuízos com fechamento do abatedouro
O deputado informou que, de acordo com os comerciantes, o prefeito de Mogeiro estaria propondo que os marchantes fossem fazer o abate dos animais no município de Itambé. "Tal proposta inviabiliza e onera a comercialização, já que teriam que pagar frete de R$ 200, mais R$ 75 reais por animal abatido, além do transporte de volta em baú frigorífico", alegou.
Essa situação, segundo Frei Anastácio, é um problema que se arrasta há mais de nove anos. E, durante todo esse tempo, não foi definida uma saída para legalizar a situação.Assim, diante do problema, estamos solicitando às autoridades competentes, que estudem soluções junto ao poder público. São cerca de 200 famílias que serão diretamente prejudicadas com o fechamento do abatedouro.
"Além disso, se os animais passarem a serem abatidos em Itambé, dificilmente eles terão condições de levar o negócio à frente. Isso, porque todos os custos serão elevados e não haverá como ter lucro na venda de carne. E mesmo que eles passem a abater os animais fora, terão que vender a carne bem mais cara para a população. Dessa forma, existirá prejuízo para as famílias que trabalham no abatedouro e para a população que compra a carne produzida no abatedouro de Mogeiro. É preciso encontrar uma saída até que o abatedouro seja legalizado", disse.
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