Os prefeitos Benício Neto, de Pilar, e Lúcio Flávio, de Itabaiana, são os únicos que sucederam a prefeitos opositores na região e tomaram posse sem ter nenhum dado disponível a respeito da administração pública, porque os prefeitos que deixaram o cargo praticamente não providenciaram a transição. Por conta disso, ao assumirem, os prefeitos dessas cidades ficaram “abismados” com a quantidade de problemas encontrados nas prefeituras. “Temos muitas dívidas a serem sanadas, foi uma irresponsabilidade da gestão anterior que prejudica muito a atual, inclusive não podendo pagar os compromissos em dia”, desabafou Lúcio Flávio.
O município de Itabaiana encontra-se numa crise financeira sem precedentes, com bloqueios sucessivos do FPM (Fundo de Participação do Município), devido ao não pagamento dos encargos sociais, na ordem de onze milhões e cem reais, além das folhas de pagamento de dezembro e décimo terceiro do funcionalismo público, que juntas passam de dois milhões e quinhentos mil reais, bem como os débitos com fornecedores e outros, como Energisa e Cagepa que chegam ao montante de mais oitocentos e cinquenta mil reais, além de débitos com o PASEP. Conforme o prefeito, os débitos contabilizados já passam de 18 milhões de reais.
Em Pilar, os problemas são inúmeros, e um dos mais prementes é a nomeação de 81 concursados, que aguardam os atos. O prefeito Benício Neto disse que o concurso público realizado na gestão da ex-prefeita Virgínia Veloso atenta contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nesta terça-feira, 18, os concursados promoveram manifestação na cidade, chamando a atenção para o problema. “Não estamos pedindo favor, mas reivindicando um direito nosso conseguido com esforço e dedicação”, desabafou Júlio Araújo, um dos candidatos aprovados no concurso.
Com Tribuna do Vale
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