
“Existia a promessa do juiz que expediu a ordem de despejo, de que hoje seria realizada uma reunião entre Incra, proprietário das terras, Comissão Pastoral a Terra, e trabalhadores para tentar um acordo. Mas, o que estamos vendo é que nada foi cumprido e a situação é preocupante, uma vez que os trabalhadores irão resistir ao despejo e irá haver confronto com a polícia”, alertou o deputado.
Na quinta-feira (6), durante a ação de reintegração de posse, dois tratores destruíram casas de taipa, plantações de macaxeira, milho, hortaliças e vários outros produtos orgânicos e diversas outras culturas.
“Foi triste ver casas sendo destruídas, plantações sendo arrancadas pelos tratores, animais mortos e os posseiros sem poder fazer nada. E hoje irá acontecer a mesma coisa. Espero que haja bom senso para evitar mortes no local”, disse o deputado Frei Anastácio. Segundo o petista, dos trinta hectares de plantações dos posseiros, foram destruídos mais de dez hectares de várias culturas, na semana passada.
“O que essas famílias estão reivindicando é o direito à terra onde eles nasceram e cresceram. O conflito teve início este ano, com a proibição do proprietário, Zé Guilherme, dos trabalhadores continuarem plantando, uma atividade que eles desenvolviam desde que nasceram na terra ”, completou.
A fazenda Paraíso é ocupada por cerca de 50 posseiros que moram nas terras há muitos anos. Os posseiros são assistidos pela Comissão Pastoral da Terra, que está acompanhando todo processo de luta dos trabalhadores e trabalhadoras.
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