O curso de música do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar não se resume ao aprendizado das noções básicas dessa arte e execução de instrumentos. Os alunos são conduzidos a um modelo educacional multidimensional, isto é, são levados a pesquisar e estudar os fenômenos artísticos e suas dimensões culturais e sociais, segundo afirma o monitor Rosival Silva. “Todo sábado, os alunos passam o dia no Ponto de Cultura tocando os instrumentos, lendo ou vendo filmes em nosso Cineclube Vladimir Carvalho”, afirma Rosival. Para ele, a proposta pedagógica é multidisciplinar, “na medida de nossas limitações”.
Na semana passada, os alunos estudaram alguns instrumentos antigos, entre eles o Monocórdio, que é um instrumento musical, de treinamento e laboratório, composto por uma caixa de ressonância sobre a qual era estendida uma única corda presa a dois cavaletes móveis. Seu uso já era registrado ao tempo de Pitágoras (c. 582 - 500 a.C.) para estudo e cálculo das relações entre vibrações sonoras. Na Idade Média era também usado para a afinação da voz e de outros instrumentos. Ainda hoje é presente em algumas culturas, como por exemplo na vietnamita, onde integra a orquestra do Teatro Aquático de Fantoches.
A tarefa seria construir um Monocórdio, sendo que a dupla que confeccionou o instrumento mais bem acabado foi Ítalo e Victor. “Ficamos emocionados com a demonstração de inteligência e interesse dos nossos pupilos, que vivenciam nossas aulas com dedicação. Sempre procuramos diversificar as atividades para obter maior participação dos meninos e meninas, resultando em aulas interativas e enriquecedoras”, disse o monitor Rosival, líder da Orquestra de Violões Som do Coração, que fará apresentação no dia 23 de maio, por ocasião da entrega do Prêmio Leonilla Almeida.
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