A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou, nesta
quarta-feira (27), requerimento para a realização de uma reunião com
representantes do governo da Paraíba, na sede da Agência Nacional de
Águas (ANA), a fim de buscar uma solução de emergência para a situação
de falta de abastecimento de água enfrentada por vários municípios do
sertão paraibano. O requerimento foi aprovado após audiência pública que
tratou da gestão do açude Epitácio Pessoa, mais conhecido como
Boqueirão, que abastece 20 municípios, entre eles Campina Grande.

De acordo
com eles, o açude do Boqueirão está com 39,7% do seu volume e chegará a
seu volume morto, ou seja, ao volume indisponível para captação de água,
se não chover, em janeiro de 2015. Durante a audiência, os senadores e
os convidados ressaltaram a importância da transposição do rio São
Francisco, que dará segurança hídrica a todo o semiárido nordestino.
O
presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho, revelou que 29
açudes na Paraíba estão com menos de 20% da sua capacidade de
armazenamento e outros 28 com menos de 5%.
Seca
Segundo
o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu
Guillo, estima-se que a seca atual é a pior entre 30 e 50 anos no
semiárido nordestino. Ele afirmou ainda que o registro de precipitação é
o pior nos últimos cem anos. Para Guillo, outra causa da situação
alarmante que vive a região é o fato de o país ter um nível de
reservação de água muito pequeno.
- O Brasil tem, de uma maneira
geral, uma grande fragilidade em termos de reservação hídrica. Nós
estamos defendendo a retomada de uma política de construção de grandes
reservatórios neste país - afirmou o diretor da ANA.
O presidente
da ANA explicou ainda que o nível de reservação de água na Paraíba está
em torno de 30% e grande parte desse volume se deve ao açude do
Boqueirão.
- Se nós retirarmos desses 30% o reservatório de
Boqueirão, que está próximo de 40% e tem um grande volume, a média da
Paraíba baixaria drasticamente - afirmou.
Para o senador Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB), a ANA precisa tomar uma atitude emergencial para o
caso de não chover nos próximos meses.
- São necessários planos
de contingência, para que possamos estar preparados para o pior. E se
não chover, o que faremos? Não podemos deixar chegar janeiro, não
podemos é deixar chegar o colapso completo para depois decidir o que
será feito - afirmou.
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